Resenha: A última dança de Chaplin, Fábio Stassi

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Autor: Fabio Stassi – Editora: Intrinseca              Ano: 2015 – Páginas: 224

Classificação 2.5/5 ⭐️ 🚍

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Sinopse:

Combinando elementos reais com ficção, A última dança de Chaplin conta os últimos anos de um dos maiores ícones do cinema americano. Na noite de Natal de 1971, Charlie Chaplin recebe a visita da Morte. O famoso ator está com oitenta e dois anos, mas ainda não se sente preparado para ver as cortinas se fecharem uma última vez. Desesperado por acompanhar o crescimento do filho mais novo, o ator propõe à Morte um acordo: se conseguir fazê-la rir, ganhará mais um ano de vida.

Enquanto espera o encontro fatídico, Chaplin escreve uma carta para o filho, contando a ele seu passado: da infância pobre na Inglaterra, com o pai alcoólatra e a mãe louca, ao auge do sucesso nas telas de cinema dos Estados Unidos, passando pelo circo, pelo vaudeville e por empregos estranhos, como tipógrafo, boxeador e embalsamador.

” Quando eu contar a minha história, eu dizia a mim mesmo, começarei daí. Do momento em que a manivela do projetor começa a girar”

O que eu conheço do Chaplin é a fama, até porque nunca assisti seus filmes ou biografia, e para minha surpresa, olha eu lendo um livro sobre a vida dele! Ok, é uma ficção, mas algumas passagens são reais.

Minha relação com o Chaplin é um pouco confusa, porque eu sempre fiquei boquiaberta com sua inteligencia e criatividade, mas quando descobri que ele foi acusado de estupro, hum, sei lá, sabe?

” Com as mulheres nunca fui tímido. Cresci na promiscuidade dos teatros, no meio de centenas de corpos de atrizes e cantoras que se despiam juntas entre um número e outro”

Mas vamos falar da obra, não do homem.

” Nunca contei isso a ninguém. Ouça bem.”

O livro é uma carta de Charlie para seu filho adolescente. É noite de Natal e Charlie sabe que dessa vez não conseguirá fazer a morte rir. Como ele não poderá ver seu filho crescer, ele decide escrever uma carta contando sua vida e talvez com isso seu filho possa conhecer melhor o pai.

A carta começa do nascimento até a noite em questão. Pouco fala sobre os filmes, o foco é na vida pessoal, infância, a ida para os Estados Unidos, a relação com os pais e o irmão, sua vida no circo e os encontros com a Morte no fim da vida.

” A morte desaparece da poltrona. O homem se apoia com dificuldade na escrivaninha e solta um grande suspiro de alívio”

” Sim, quantas vezes nascemos na vida? Tantas que precisamos logo aprender a nos criarmos sozinhos, a não parar de nascer.”

Chaplin sempre foi um espirito livre, não conseguia ficar no mesmo lugar e no mesmo emprego por muito tempo, por esse motivo ele já passou por vários estados e países e por todas as profissões possíveis, de palhaço de circo a embalsamador. Mas ele sempre voltava para o teatro, sua grande paixão. Chaplin era desapegado até do seu irmão, seu único vínculo familiar, já que seu pai morreu e sua mãe estava internada com alzheimer. Ele abandou o irmão e caiu no mundo sem nenhum ressentimento.

E como todo ator na década de 50 e 60, ele era pobre de maré de si. Pobre de não ter o que comer e usar a mesma roupa por semanas…de alugar quartinhos em hotéis precários. Mas ele nunca perdeu a vontade de viver ou amaldiçoou sua condição. Ele parecia estar satisfeito com a vida que tinha.

” A vida me fez baixo suficiente para que eu não precise me ajoelhar diante de ninguém”

O livro tem passagens muito interessantes, fala sobre a época que o cinema foi inventado e como isso abalou o teatro e o circo e fala também como os filmes eram produzidos.

A leitura desse livro foi um pouco estranha, eu tinha preguiça de ler mas quando retomava ia longe…eu parava e no dia seguinte enrolava para ler, e essa situação durou três semanas. Sei lá, nunca senti isso antes, por isso fica na dúvida se recomendo ou não.

Comentem a opinião de vocês! Alguém aqui é fã do Chaplin? 

Até a próxima.

Beijo, outro, tchau!

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